Ah, que saudade. Saudade do tempo que eu ainda era criança, saudade do tempo em que tudo tinha uma maior importância. Do tempo que você vinha e me beijava sem nenhuma arrogância, sem a arrogância que a vida traz, todo dia. Saudade, do tempo que você se escondia e que eu te procurava, e a gente brincava, brincava e brincava. Saudade do tempo que eu me amava, que você me amava, que a vida nos amava. Saudade do tempo que eu era mais inteiro, que você fazia brigadeiro e que a vida brindava nossas vidas com um tempo verdadeiro. Saudade do tempo que meu amor era verdadeiro, que eu amava com um amor sincero, do fundo do meu coração, um coração verdadeiro. Uma saudade que não da para explicar, que não da pra disfarçar e que nem da para acabar. Uma saudade, que daqui para frente só vai aumentar. Uma doce saudade, uma sincera saudade, uma perigosa saudade. Saudade do tempo que o dia amanhecia, que a noite caia e que tudo era alegria. Da alegria que você me trazia todo o dia. Todo dia era dia de amar, de brincar, de cuidar, de respeitar. Que emoção mais pura e verdadeira é essa que eu to sentindo. É um misto de saudade, dor e gratidão. Que eu devo a você, você que eu guardo dentro do meu coração.

E agora, cadê você? Onde mora você? Será que você me vê? Não sei, não sei responder, não sei entender porque o tempo foi te levar, e me deixou aqui, a sofrer. Sofrer, não vale à pena sofrer. Não vale a pena mesmo. O que vale a pena é poder acordar e saber que um dia eu te amei, que você me amou, e que a vida foi muito boa, ao tecer esse nosso amor.

Rafael Daher.